Os meses de internamento foram dias de sofrimento e de grandes experiências, indo ao extremo entre a vida e a morte. O corredor de um hospital é desolador para pais que aguardam seus filhos retornarem do centro cirúrgico, é uma batalha travada internamente, com você “tendo que ser” e “ter de parecer forte”, para manter o companheiro ou a companheira em pé e com o espírito avivado. Deus realmente esteve em todas as batalhas que nós travamos dentro daquele hospital, em todos os momentos, principalmente quando o impossível se torna uma palavra que você não espera ouvir dos médicos, ou quando falam não há mais o que fazer... Foi exatamente aí que Jesus começou a agir, carregando-nos no seu colo. Deus é tremendo e maravilhoso a Ele toda honra e glória, pelos séculos dos séculos.

Fizemos algumas amizades dentro do hospital, algumas trazemos até os dias de hoje, outras nem tanto, não porque não queremos, mas pelo fato de morarem em outras cidades e, até mesmo em outros estados. Como relatamos acima, foram dias de sofrimento e, esse sofrimento aumentava ainda mais, quando pacientes que estávamos até acostumados a conviver, dividindo as tristezas e as esperanças, partiam para os braços de Jesus Cristo, anjinhos na mais tenra idade, é uma dor insuportável e que deixará cicatrizes pelo resto da vida. Tenho certeza que Jesus os acolheu em seus braços.